No dia 23 de outubro, com a intermediação da
colega Arlete Benedita de Oliveira e aproveitando sua estada em Cuiabá para
participar de eventos do Conselho Regional e Ministério Público, a presidente
da AASPTJ-SP e AASP Brasil, Elisabete Borgianni, esteve no Tribunal de Justiça
do Mato Grosso. Foi recebida em audiência pela corregedora-geral de Justiça, desembargadora
Maria Erotides Kneip Baranjak e pelo juiz auxiliar da Corregedoria, Luiz
Octavio Oliveira Saboia Ribeiro.
No grupo de assistentes sociais que foi ao
Tribunal estavam também a presidente do Conselho Regional de Serviço Social do
Mato Grosso, Vera Lucia Nogueira dos Anjos, a primeira secretária, Andreia da
Cruz Amorim, e as assistentes sociais Arlete e Kelly Novakc.
Na audiência, Elisabete e Vera pediram a
criação de cargos para assistentes sociais, que hoje trabalham com vínculo
precário como "credenciados". A presidente Vera Honório protocolizou
ofício com pedido neste sentido e também que os credenciados sejam remunerados,
pelo menos de acordo com a Tabela de Honorários do CFESS.
Elisabete reafirmou às Suas Excelências a
importância de o Tribunal ter seu quadro próprio, ao que Maria Erotides
concordou e comprometeu-se a levar o pleito ao presidente do Tribunal. O juiz Saboia
colocou que há restrições orçamentárias, mas que a corregedora sempre foi uma
defensora dessa causa, pois tem muito apreço pelo trabalho dos assistentes
sociais, ao que a desembargadora concordou plenamente.
Na visita, Elisabete abordou também a questão
da Escuta Especial de crianças e adolescentes, vítimas de abuso sexual, pois
tinha a notícia em mãos, publicada pelo Conjur de que naquele estado haviam
sido criadas 27 salas, inclusive em cidades de pequeníssimo porte.
Ao longo da audiência , quando Elisabete
colocou que cada sala dessas costuma custar por volta de 35 mil reais, Saboia
informou que lá elas custaram 18 mil cada. Elisabete problematizou que, ao
invés de gastarem com essas salinhas que são tão controvertidas, poderiam
investir em assistentes sociais do quadro próprio, pois os estudos dos
assistentes sociais, bem como de psicólogos são muito mais protetivos da
criança do quê a inquirição que a transforma de vítima em testemunha.
Finalizando a audiência, que transcorreu por
mais de uma hora, Sua Excelência a Corregedora e o Dr. Saboia informaram que
eles têm 79 comarcas, com pelo menos dois assistentes sociais credenciados em
cada uma. Ao que as presidentes Vera Honório e Elisabete reforçaram a
importância de o Tribunal investir no quadro próprio, que o TJ já teve, segundo
Vera. Elisabete solicitou que o TJ-MT crie pelo menos um cargo por comarca e
faça o concurso respectivo, o que já será um grande avanço na organização
judiciária, que poderá contar com o trabalho dos assistentes sociais do quadro
próprio.
Elisabete Borgianni,
presidente
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