Aos gritos de “retira, retira”, os trabalhadores
manifestaram a reivindicação de que o PL seja retirado de tramitação
Ocorreu
nesta quinta-feira (26/10) uma audiência pública para discussão do Projeto de
Lei 920/2017, de autoria do Executivo paulista, e que propões a renegociação da
dívida pública do governo estadual com a União. A AASP Brasil esteve presente à
Assembleia Legislativa (Alesp) para acompanhar os debates, representada pela
conselheira fiscal Maria Lucia de Souza e pela associada Fernanda Copelli de
Almeida.
O PL gerou discussão logo
que foi apresentado, pois uma de suas propostas principais é o congelamento dos
gastos pelos próximos dois anos. Representantes dos servidores públicos e
deputados de oposição acreditam que esta medida afetará a vida dos
trabalhadores, que ficarão sem reposição salarial.
Representando o governo do
estado, o secretário de finanças, Hélcio
Tokeshi, apresentou dados e afirmou que o projeto não afetará os servidores e
que questões referentes ao quadro pessoal do Executivo já estão asseguradas na
peça orçamentária de 2018. “Apesar da queda na arrecadação, o Estado de São
Paulo manteve os investimentos e continuará a fazê-los”, alegou o secretário.
No
entanto, a Casa estava lotada de servidores públicos contrários à proposta. Aos
gritos de “retira, retira”, os trabalhadores manifestaram a reivindicação de
que o PL seja retirado de tramitação.
Diversos
representantes dos servidores e deputados da oposição, como Carlos Giannazzi
(PSOL), Raul Marcelo (PSOL) e João Paulo Rillo (PT), fizeram falas críticas ao
PL e defenderam que ao invés de cortar investimentos o governo deveria rever as
isenções fiscais concedidas e cobrar as dívidas bilionárias de diversas
empresas.
O
Projeto de Lei não foi criticado apenas pela oposição. Alguns deputados da base
governista também manifestaram-se contrários à proposta. Líder do governo na
Casa, o deputado Barros Munhoz (PSDB) defendeu que o governo reveja a proposta
para que não sacrifique mais os servidores, já que algumas categorias estão sem
reposição salarial há alguns anos. Ele acredita ser necessário ampliar as
discussões com as associações e sindicatos representantes dos trabalhadores.