sábado, 28 de outubro de 2017

SP: AASP Brasil participa de audiência pública sobre PL 920/2017

Aos gritos de “retira, retira”, os trabalhadores manifestaram a reivindicação de que o PL seja retirado de tramitação



Ocorreu nesta quinta-feira (26/10) uma audiência pública para discussão do Projeto de Lei 920/2017, de autoria do Executivo paulista, e que propões a renegociação da dívida pública do governo estadual com a União. A AASP Brasil esteve presente à Assembleia Legislativa (Alesp) para acompanhar os debates, representada pela conselheira fiscal Maria Lucia de Souza e pela associada Fernanda Copelli de Almeida.

O PL gerou discussão logo que foi apresentado, pois uma de suas propostas principais é o congelamento dos gastos pelos próximos dois anos. Representantes dos servidores públicos e deputados de oposição acreditam que esta medida afetará a vida dos trabalhadores, que ficarão sem reposição salarial.

Representando o governo do estado, o secretário de finanças, Hélcio Tokeshi, apresentou dados e afirmou que o projeto não afetará os servidores e que questões referentes ao quadro pessoal do Executivo já estão asseguradas na peça orçamentária de 2018. “Apesar da queda na arrecadação, o Estado de São Paulo manteve os investimentos e continuará a fazê-los”, alegou o secretário.

No entanto, a Casa estava lotada de servidores públicos contrários à proposta. Aos gritos de “retira, retira”, os trabalhadores manifestaram a reivindicação de que o PL seja retirado de tramitação.

Diversos representantes dos servidores e deputados da oposição, como Carlos Giannazzi (PSOL), Raul Marcelo (PSOL) e João Paulo Rillo (PT), fizeram falas críticas ao PL e defenderam que ao invés de cortar investimentos o governo deveria rever as isenções fiscais concedidas e cobrar as dívidas bilionárias de diversas empresas.

O Projeto de Lei não foi criticado apenas pela oposição. Alguns deputados da base governista também manifestaram-se contrários à proposta. Líder do governo na Casa, o deputado Barros Munhoz (PSDB) defendeu que o governo reveja a proposta para que não sacrifique mais os servidores, já que algumas categorias estão sem reposição salarial há alguns anos. Ele acredita ser necessário ampliar as discussões com as associações e sindicatos representantes dos trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários estão sujeitos à aprovação do moderador da página. Mensagens com ofensas, palavras de baixo calão e de conteúdo preconceituoso não serão aceitas.