quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

AASP Brasil debate Depoimento Especial com CFESS e CFP

Conselhos profissionais confirmaram posicionamento contrário à metodologia

No último dia 13, a AASP-Brasil, representada pela presidente, Ana Claudia Burd, pela vice-presidente, Cíntia Aparecida da Silva e pela secretaria geral, Maíla Rezende Vilela, esteve em Brasília, no CFP – Conselho Federal de Psicologia e no CFESS – Conselho Federal de Serviço Social, para tratar sobre a Lei n° 13.431 de 04 de abril de 2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que entrará em vigor no ano de 2018. As duas entidades ratificaram seu posicionamento contrário ao Depoimento Especial, não o considerando atribuições dos psicólogos e dos assistentes sociais. 

No CFP, a AASP Brasil foi recebida pelo psicólogo Luiz Felipe Doles, da Gerência de Relações Institucionais,  e pela psicóloga e conselheira Iolete Ribeiro da Silva, também representante do CFP na composição do eixo III do  Conanda – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente -, que abrange entidades da sociedade civil que atuam na promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes nas áreas da saúde, educação, assistência social, entre outras. Na opinião de Iolete, este é um tema bastante preocupante tanto em relação às atribuições dos psicólogos como em relação às crianças e adolescentes. Colocou que o tema seria pauta na APAF - A Assembleia de Políticas, de Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf) nos dias 16 e 17 de dezembro, em Brasília/DF, na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Iolete se colocou parceira na luta da AASP Brasil, contra o Depoimento Especial e ficou de verificar a possibilidade de participarmos da próxima reunião da CPP do Conanda que vai discutir a metodologia.

Na reunião com o CFESS, estiveram presentes representantes da COFI – Comissão de Orientação e Fiscalização Profissional - , as conselheiras Solange Moreira, Daniela Muller e Cristina Abreu, assessora do Conselho. No final da reunião as conselheiras informaram que vão emitir uma nota técnica sobre a temática, antes de encerrar o período de vacácio legis da Lei 13.431/17, assim como vão emitir ofício ao Tribunal de Justiça de São Paulo solicitando informações a respeito das capacitações que estão sendo realizadas aos assistentes sociais.

As reuniões, de forma geral, foram proveitosas e surtiram efeitos positivos em prol da luta e resistência ao Depoimento Especial. Na oportunidade, reafirmamos a importância da articulação conjunta entre os conselhos profissionais e a AASP Brasil no debate no interior da categoria profissional, em detrimento das sucessivas interlocuções e resistências à metodologia até então efetuadas.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Associadas da AASP Brasil ganham prêmio por trabalho realizado no MP-RJ

Projeto ganhou o segundo lugar em ideias inovadoras

                                                                                                       MP-RJ
                           Marcia (esquerda), o procurador-geral, Eduardo Gussem, e Anália (direita)                     
As assistentes sociais associadas Marcia Nogueira da Silva e Anália do Santos Silva ganharam o prêmio MP-RJ Ideias Inovadoras, no último dia 15, no Rio de Janeiro. Com o tema “Alinhamento das ações de assessoramento técnico na fiscalização do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) “, o projeto ganhou o segundo lugar do prêmio, que tem o objetivo de estimular a adoção de novas práticas administrativas na instituição.

A prática apresentada pelas profissionais contribui para a sistematização e apuração das informações, além de servir de subsídio ao cotidiano das equipes técnicas e promotores de justiça.

A AASP Brasil parabeniza as assistentes sociais pelo importante trabalho. Ficamos felizes de ver o empenho de colegas sendo merecidamente reconhecido.

Com informações do MP-RJ e Cress-RJ

AASP Brasil participa de atividade de formação do TJ-MG

Atividade tratou da Lei 13.431/17 e o trabalho do assistente social na área sociojurídica



No dia 1° de dezembro, a secretária geral, Maíla Rezende Vilela, e Elisabete Borgianni, do Conselho de Especialistas, foram instrutoras em um curso de formação promovido pela Escola Judicial (EJEF) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A atividade, que ocorreu no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, foi realizada para os assistentes sociais coordenadores dos núcleos regionais do TJ-MG. A reunião também contou com a participação de duas psicólogas. O tema da atividade foi “A Lei 13.431/17 e o trabalho do assistente social na área sociojurídica”.

Nossa presidente, Ana Cláudia Junqueira Burd, foi convidada a participar da atividade. Ela falou sobre a Associação e a importância do nosso coletivo frente aos retrocessos políticos e sociais que nosso país está vivendo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Apesar da resistência, Alesp aprova PL 920/17

Deputados da oposição e da base tinham críticas ao projeto, mesmo assim governo saiu vitorioso



Mesmo com a resistência da oposição e de boa parte de deputados estaduais da base, o governo do Estado de São Paulo conseguiu a aprovação do PL 920/17, na noite desta quinta-feira (14/12). O projeto trata da renegociação da dívida estadual com a União e congela os gastos públicos por dois anos. Tal proposta foi muito mal recebida pelos servidores públicos, que há anos não recebem reposição salarial. Representantes da categoria denunciaram que o congelamento de investimentos irá trazer graves consequências para o atendimento à população nas áreas da Saúde, Educação, Segurança Pública, entre outras. A AASP Brasil participou dos atos e audiências públicas, posicionando-se contrária à aprovação do projeto.

Embora tenha sido criticado até mesmo por deputados da base, incluindo alguns do PSDB, o governo conseguiu um amplo placar. O PL foi aprovado por 46 votos favoráveis e apenas 8 contrários.

O projeto recebeu uma emenda aglutinativa que, de acordo com o líder do governo, deputado Barros Munhoz (PSDB), preserva garantias e benefícios do servidor público. "A emenda aprimorou o projeto e desmistificou todo o discurso de que vai haver prejuízo ao funcionário público. Não haverá congelamento e todos os direitos dos trabalhadores serão preservados", alegou.

Para a deputada Marcia Lia (PT), a situação do servidor público chegou ao limite máximo da tolerância. "Eles vêm acumulando essas dívidas que o governo fez no metrô, CPTM, e agora que resolveram renegociar, querem jogar nas costas dos servidores públicos? Isso é um erro das administrações desse governo que está no poder há 24 anos", disse.  


Com informações da Agência Alesp

AASP Brasil entrega nota do Movimento Pela Proteção Integral a gabinete do senador Paulo Paim

Entidades uniram-se contra Estatuto da Adoção



A AASP Brasil, representada pela presidente, Ana Cláudia Junqueira Burd, pela vice-presidente, Cíntia Aparecida da Silva e pela secretária geral, Maíla Rezende Vilela, esteve, nesta quarta-feira (13/12), no Senado Federal, em Brasília. Nossas diretoras foram recebidas por Cláudio Siqueira Barbosa, assessor parlamentar do senador Paulo Paim (PT).

Ana Claudia, Cíntia e Maíla procuraram a assessoria do parlamentar para entregar a nota do Movimento Pela Proteção Integral assinada por diversas entidades que se posicionam contrariamente ao Projeto de Lei do Senado 349/2017, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede), que institui o Estatuto da Adoção. A AASP Brasil entregou também um ofício solicitando a confirmação da realização de uma audiência pública no dia 20 de fevereiro de 2018, em Brasília e com a solicitação da realização de outra audiência pública no Estado de São Paulo para que o tema possa ser amplamente debatido.

Cláudio confirmou a audiência do dia 20 de fevereiro e disse que as entidades podem propor alterações ao PLS e contribuir para que o senador possa propr um substitutivo. Para ele, não há possibilidade de retirada do projeto. Paulo Paim é relator do PLS.

A decisão de levar o documento ao Senado nesta quarta-feira foi tomada na segunda reunião do grupo, realizada no último dia 12 na sede da Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça de São Paulo (AASPTJ-SP). Como a AASP Brasil já tinha viagem agendada à Brasília por outros compromissos, as diretoras colocaram-se à disposição para levar a nota ao gabinete do senador.


Presentes na Reunião: AASPTJ–SP – representada por Fernanda Tonus, Susana Borges e Wanderlí Caruso; AASPBrasil – Cíntia Silva e Isabel Arruda; Grupo Acesso – Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae – Marina; a especialista Rita Oliveira; CRESS/SP – Kely Melatti. 

Veja a nota produzida pelas entidades:


quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Entidades continuam mobilização e votação do PL 920 é adiada

Governo tem pressa em aprovar projeto antes do recesso parlamentar, mas enfrenta resistência até mesmo em sua base



Dias 12 e 13 foram dias de muita mobilização na Assembleia Legislativa de São Paulo. Com a entrada do PL 920/17 na ordem do dia, as entidades representativas dos servidores públicos lotaram as galerias do Plenário Juscelino Kubitschek para protestar contra a aprovação do projeto, de autoria do governo estadual.

Na terça-feira (12/12), Elisabete Borgianni, do Conselho de Especialistas, representou a AASP Brasil neste movimento. Na quarta-feira (13/12), nossa assessora de comunicação, Ana Carolina Rios, acompanhou os trabalhos da Casa e a mobilização da categoria.

Apresentado com o propósito de renegociar as dívidas do Executivo estadual com a União, o PL congela os gastos públicos por dois anos. Uma verdadeira bomba para o funcionalismo, que acumula perdas salariais há anos.

Elisabete Borgianni, José Gozze (vice-presidente da
Central Pública dos Servidores) e o deputado Carlos Giannazi (PSOL)
Acostumado com a resistência da classe trabalhadora e dos deputados de oposição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não contava com a resistência dentro da sua própria base. O líder do governo na Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), chegou a chamar o projeto de “a maior burrice que já vi na minha vida”. Após uma audiência pública com fortes protestos das centrais sindicais e entidades, Munhoz convocou uma reunião, na qual apresentou um substitutivo ao projeto. Com um texto mais ameno, o artigo terceiro da nova redação trazia que o proposto no PL não impedirá a concessão de reajustes, a concessão de promoções e progressão funcional e a realização de concursos. No entanto, as entidades continuaram a rechaçar a proposta. Representantes do Judiciário, da Educação, da Saúde e da Segurança Pública temem os problemas que a falta de investimentos nestas áreas pode provocar com o engessamento consequente da aprovação do projeto. 

Mesmo com toda a resistência, a Presidência da Alesp pautou o PL para a ordem do dia. A poucos dias do recesso de fim de ano, o governo tem pressa em aprovar o PL. Porém, não houve consenso no Colégio de Líderes. Deputados da oposição e também da base afirmam que não votarão o PL 920 enquanto o governo não encaminhar à Casa um projeto com a proposta de reposição salarial para o funcionalismo público. Muitos deputados também atrelam o seu voto à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição Estadual n° 05/16, que altera o teto salarial do funcionalismo em São Paulo. Pautado nas duas sessões extraordinárias de quarta-feira à noite, a votação do PL foi adiada. Durante as discussões, alguns deputados apontaram a incoerência do governo que alega ser necessário aprovar o projeto para ajustar as contas do Estado, mas ao mesmo tempo concede isenções fiscais bilionárias. “O governo está concedendo uma isenção de imposto no valor de R$ 12 bilhões a grandes empresas, mas diz que não tem dinheiro para pagar os funcionários públicos e investir em programas sociais”, protestou a deputada Marcia Lia (PT).

Entenda as articulações
Por que o governo Alckmin que sempre teve ampla maioria na Assembleia Legislativa enfrenta dificuldades para aprovar o PL 920/17 até mesmo na sua base? Preocupação com os servidores públicos que amargarão mais dois anos sem reposição salarial? Não só.

Insatisfeitos com a demora na liberação de verbas por meio de emendas, os deputados estaduais viram na PEC 5 uma maneira de pressionar o governo e agradar uma parcela do funcionalismo. Atualmente o limite salarial da categoria é vinculado aos vencimentos do governador, de R$ 21.631. O projeto prevê que passe a ser considerado como teto a remuneração dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, que é de R$ 30.471,11.

Pelo texto da PEC, os aumentos salariais seriam implementados de forma escalonada ao longo de quatro anos. Um estudo feito pela Secretaria Estadual da Fazenda aponta que o novo modelo geraria um impacto de R$ 909,6 milhões em quatro anos aos cofres públicos a partir da implementação integral da revisão. O Executivo alega que com a mudança, o governo ultrapassaria os limites de gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Seriam beneficiados os agentes fiscais de renda, reitores e pesquisadores das universidades, coronéis e delegados.

A PEC é de autoria de 40 deputados, entre eles, muitos da base governista. Em agosto, o deputado Campos Machado (PTB), ferrenho defensor de Alckmin na Casa, entrou com uma ação na Justiça solicitando uma liminar obrigando a Presidência da Alesp a colocar a PEC em votação. O Tribunal de Justiça de São Paulo negou a liminar. 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

TJ-SP elege nova cúpula para gestão 2018/2019

Com 59,33% dos votos, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças será o novo presidente da Corte paulista

Conselho Superior da Magistratura eleito para o biênio 2018/2019


Nesta quarta-feira (06/12) o Tribunal de Justiça de São Paulo realizou seu processo eleitoral para a diretoria da gestão 2018/2019. A assessoria de comunicação da AASP Brasil esteve no Palácio da Justiça para acompanhar o sufrágio.

Disputada, a eleição precisou de segundo turno para os três principais cargos: Presidente, vice-presidente e corregedor-geral.

Para ocupar a Presidência, disputaram os desembargadores Ademir de Carvalho Benedito, Eros Piceli e Manoel de Queiroz Pereira Calças. Fora para o segundo turno Ademir e Pereira Calças. Na segunda votação, Pereira Calças elegeu-se com 59,33% dos votos.

Já a Vice-presidência foi disputada por cinco desembargadores: João Carlos Saleti, Artur Marques da Silva Filho, Renato de Sales Abreu Filho, Walter da Silva e Carlos Henrique Abrão. Mais votados, Artur Marques e Abreu Filho foram para o segundo turno. Com apenas três votos de diferença, Artur Marques da Silva Filho é o novo vice-presidente.

Para o cargo de corregedor-geral, os candidatos eram: Márcio Orlando Bartoli, Geraldo Francisco Pinheiro Franco e Fernando Antonio Maia da Cunha. Pinheiro Franco e Maia da Cunha disputaram o segundo turno. Com 48,47% dos votos Pinheiro Franco tornou-se o corregedor da nova gestão.

Em eleição tão disputada quanto à da cúpula, a Presidência da Seção de Direito Privado também precisou ir para o segundo turno. Gastão Toledo de Campos Mello Filho e Heraldo de Oliveira Silva disputaram voto a voto até o resultado de 87 a 86. Campos Mello foi o eleito.

Em primeiro turno, foram eleitos os presidentes das Seções de Direito Público e Criminal: Getúlio Evaristo dos Santos Neto e Fernando Antonio Torres Garcia, respectivamente.

Para o comando da Escola Paulista de Magistratuta (EPM), a chapa única comandada pelo desembargador Francisco Eduardo Loureiro recebeu 315 votos. Compõem também a chapa o desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez (vice-diretor); e os magistrados do Conselho Consultivo: desembargadores Tasso Duarte de Melo (Direito Privado); Milton Paulo de Carvalho Filho (Direito Privado); Aroldo Mendes Viotti (Direito Público); Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa (Direito Público); Francisco José Galvão Bruno (Direito Criminal); Hermann Herschander (Direito Criminal); e o juiz Gilson Delgado Miranda (juiz de entrância final).

O novo presidente
Atual corregedor-geral de justiça, Pereira Calças é formado pela Faculdade de Direito de Bauru (1972). Ingressou na magistratura em 1976 e assumiu o cargo de desembargador em 2005. 

Assista ao primeiro discurso do presidente eleito:




Em entrevista coletiva, o desembargador disse terá diálogo aberto com os servidores, mas que não pode afirmar se poderá atender aos pleitos. “Nenhum administrador sério pode prometer algo que ele sabe que não será possível. Haverá um diálogo, haverá respeito, haverá observância da hierarquia, todas as entidades associativas e sindicais serão ouvidas no momento adequado e vamos, em primeira mão tratarmos da data-base. Essa é a minha primeira preocupação”.

Assistentes sociais e psicólogos
Em declaração exclusiva para a AASP Brasil, o presidente eleito falou da importância do trabalho dos assistentes sociais e psicólogos para o Judiciário. Disse ter votado a favor no Órgão Especial da revalorização da gratificação judiciária de ambas as categorias, concedida pela atual gestão no mês de novembro, um pleito antigo dos profissionais.
“Participei de duas bancas de concurso para magistrados e pude ver de perto a relevância do trabalho feito pelos assistentes sociais e psicólogos. Posteriormente na Corregedoria este trabalho foi importantíssimo em relação à atividade que exercemos relecionada à Infância e Juventude”, disse.

Confira a fala completa de Pereira Calças:




A valorização do assistente social frente às investidas neoconservadoras e suas atribuições e condições de trabalho

Palestra organizada pelo CRESS-MG tratou do exemplo do Depoimento Especial

Dia 01 de dezembro a AASP Brasil participou de mais um importante debate para a categoria dos assistentes sociais. Organizada pelo Conselho Regional de Serviço Social de Minas Gerais (CRESS-MG), a palestra “A valorização do assistente social frente às investidas neoconservadoras e suas atribuições e condições de trabalho – O exemplo do Depoimento Especial”, contou com a participação da presidente, Ana Cláudia Junqueira Burd, da primeira secretária, Maíla Rezende Vilela e de Elisabete Borgianni, do Conselho de Especialistas. O evento aconteceu no Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte.

Elisabete iniciou falando sobre a atual conjuntura mundial e brasileira. “A crise estrutural do capital atual que começa em 2008 nos Estados Unidos e depois se espalha pelo mundo provoca também uma crise na política, na qual se começa a prescindir da democracia. Na época do liberalismo econômico se tinha ainda uma defesa da democracia. Hoje o que estamos vendo de uma forma muito dramática é que no neoliberalismo, o valor surge do próprio valor, que é o capital fictício e prescindi de produção e, portanto, prescindi de trabalhadores, prescinde de pesquisa, de universidades e prescinde de democracia”, argumentou. “Se esta conjuntura está atingindo a todos de uma forma tão cruel, está atingindo o assistente social e o psicólogo, principalmente na ponta, no seu local de trabalho. Vejam o que se está vivendo nos Cras e Creas, tudo o que a gente não imaginou que deveria ser a política de assistência está ocorrendo ali e os colegas tendo que reproduzir isso ”, disse.

A judicialização da questão social também foi um ponto da sua palestra. “O jurídico não é uma esfera de debate, de consenso. A esfera do jurídico é a esfera da resolução dos conflitos pela impositividade do Estado”, expôs. “Nós assistentes sociais temos que trabalhar para fazer o enfrentamento a este desmonte e conseguir mostrar para a sociedade que está se usando a esfera da judicialização das questões sociais para a resolução de questões que o jurídico não resolve”, acredita. Ela trouxe como exemplo a pesquisa realizada pela professora Eunice Fávero que mostrou que 80% das mulheres que sofreram a perda do poder familiar na Justiça paulista não tiveram acesso aos direitos constitucionais para que pudessem manter seus filhos.

Maíla trouxe um histórico do Depoimento Especial até incidir na Lei 13.341/17 e como ele afeta o cotidiano profissional. “Estas salas de Depoimento Especial foram sendo disseminadas em todo o país com o objetivo de responsabilização do réu e não pela real proteção das crianças e adolescentes”, apontou. Ela falou sobre o Projeto de Lei, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT) e que foi aprovado em abril deste ano tornando-se a Lei 13.341/17 mesmo com toda a mobilização dos conselhos profissionais de Serviço Social e de Psicologia, da AASP Brasil e da AASPTJ-SP (Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça de São Paulo), mostrando as controvérsias contidas na nova legislação. Tudo o que estas entidades conseguiram foi poder acrescentar no parágrafo 5° da lei que os profissionais poderão planejar anteriormente junto ao juiz como se dará o depoimento, ao invés de apenas reproduzir as falas e perguntas do magistrado.

“A obrigação de falar já é revitimizante. Temos relatos de crianças que estão sendo levadas coercitivamente para depor”, apontou Maíla, que também criticou a pressa com que a lei foi aprovada, sem ouvir as entidades e sem os debates necessários. 

“Nosso papel é de resistência. A lei fala em profissionais capacitados, não diz que são assistentes sociais e psicólogos. Mas as capacitações estão sendo dadas para assistentes sociais e psicólogos, então vai sobrar para nós”, iniciou sua fala Ana Cláudia, sobre a importância de a AASP Brasil, junto ao conjunto CFESS-CRESS de resistir a este desmonte. “É um momento de união enquanto coletivo. No individual é prática suicida. É no coletivo que conseguimos resistir”, pontuou. 





Assista à palestra completa:


Movimento Pela Proteção Integral de Crianças e Adolescentes

AASP Brasil integra grupo mobilizado contra Estatuto da Adoção

Dia 28 de novembro a AASP Brasil, representada pela vice-presidente, Cintia Aparecida da Silva, pela segunda tesoureira, Fátima Zanoni Mastelini, pela e pela assistente social associada Isabel Arruda, participou de reunião na sede da AASPTJ-SP (Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça de São Paulo) para discussão do Projeto de Lei do Senado PLS 394/2017, que institui o Estatuto da Adoção. Também estiveram na reunião representantes do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-SP), da ASDPESP (Associação dos Servidores da Defensoria Pública do Estado de São Paulo) e do Instituto Fazendo História. A reunião também contou com a participação das assistentes sociais especialistas Eunice Fávero, Rita de Cássia Oliveira e Áurea Fuziwara.

Os presentes falaram sobre as controvérsias do Projeto, que modifica o ECA e coloca a adoção como a "salvação" de crianças e adolescentes institucionalizados, preterindo a convivência familiar e comunitária. 

As entidades, que nomearam o grupo de Movimento Pela Proteção Integral de Crianças e Adolescentes, elaboraram um manifesto contrário ao PLS e pretendem ampliar a mobilização diante do tema. Nova reunião ficou marcada para o próximo dia 12. 



quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

II Congresso Brasileiro de Atuação Interdisciplinar nas Defensorias públicas

Desigualdade social, poder, fragmentação do saber e o diálogo interinstitucional permearam os debates

Nos dias 29 e 30 de novembro a AASP Brasil esteve na Universidade Uninove – Campos Vergueiro, em São Paulo para acompanhar o II Congresso Brasileiro de Atuação Interdisciplinar nas Defensorias públicas. Nossa segunda tesoureira, Fátima Zanoni Mastelini, e a conselheira fiscal Katiuscia Pereira, além de associados, participaram do evento que reuniu assistentes sociais, psicólogos e defensores públicos de diversos estados. O tema desta edição foi “Caminhos extrajudiciais, judiciais e intersetoriais para o acesso à justiça”.



“A importância deste congresso aponta para o fortalecimento da democratização do saber, algo tão difícil hoje, em contrapartida ao desmonte que sofremos e à toda forma autoritária”, afirmou Alderon Costa, ouvidor geral da Defensoria Pública de São Paulo. “Quando realizamos o primeiro congresso em 2015 um dos desafios era a manutenção deste espaço do congresso. E agora estamos na segunda edição”, pontuou Paula Rosa Cavalcante, psicóloga do Grupo de Apoio Interdisciplinar da Defensoria Pública de São Paulo. “Outra meta que tínhamos traçado na primeira edição era tentar a maior participação de defensores públicos. E hoje já temos defensores na plateia, na mesa, na organização do evento, na comissão avaliadora de trabalhos, na apresentação de trabalhos também houve aumento da participação de defensores”, disse. “Muita gente pergunta: como eu faço para trabalhar interdisciplinarmente? Qual é a medida? Quais são os instrumentos? Eu tenho pensado que se trata muito mais de uma postura do que de uma tecnologia”, expôs Melina Machado Miranda, assistente social Grupo de Apoio Interdisciplinar da Defensoria Pública de São Paulo. “Eu não sei se temos uma tecnologia de trabalho interdisciplinar, ele se dá no encontro e na postura de abertura de diálogo, para o outro. O trabalho interdisciplinar tem uma renúncia do ‘tudo saber’, precisamos renunciar e assumir que não sabemos tudo”.

A reinvenção dos fazeres no mundo jurídico: o diálogo entre as instituições e os anteparos no acesso aos direitos 



Esta mesa de debates teve como palestrantes Tereza Cristina Endo, psicóloga, assessora técnica da área de saúde mental, álcool e outras drogas da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e Marcos Rondon Silva, defensor público do Mato Grosso.

“Antigamente o termo usado nos trabalhos científicos era ‘exclusão’. A partir do desgaste do termo, começamos a perceber a necessidade de uma terminologia que expressasse mais essa permeabilidade. Então o termo que pensei foi ‘à margem’”, explicou Tereza. “Nós trabalhamos nesta linha fronteiriça em que as pessoas estão à margem. Isso dá a dinâmica de dentro e fora da exclusão”, completou. Para a psicóloga, estes anteparos têm uma finalidade, muitas vezes para deixar o outro mais à margem mesmo, coloca-lo em um lugar de não-pertencimento. “Mas podemos pensar também que margem pode ser um lugar seguro quando você está em uma profundeza de vastidão, de vulnerabilidade, angústia e desamparo”.

Tereza falou sobre o modelo de saúde mental, de atenção integral preconizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e apontou momentos em que se vê anteparos e em que momentos se vê permeabilidade. “Pensando na prática diária, o que às vezes nos desloca daquele encontro com o outro, o que nos impede esta comunicação, quais são as barreiras que enfrentamos para esta permeabilidade?”, expôs. Ela fez uma análise das leis e portarias como anteparo, muitas vezes, de expulsão do usuário. A psicóloga trouxe também para os presentes alguns exemplos de modelos de atendimento, como por exemplo o Open Dialogue, adotado na Finlândia, no qual se evita a medicalização antes de três dias, a equipe se desloca para a casa do paciente e se baseia na ideia de equipe e pacientes sem fronteiras; o Drop In, utilizado em Londres, destinado à população em extrema vulnerabilidade e que consiste em um lugar com um sofá vermelho e a ideia é a de que qualquer pessoa poderia fazer este atendimento, não precisaria ser um especialista.

Rondon nomeou sua apresentação de “o direito ao grito”. O defensor trouxe aos presentes a história de Rosilda Pompeo de Oliveira, narrando-a por meio de passagens da literatura de Clarice Lispector, Richard Rorty, Júlio Cortázar e Herman Melville. Assim ele definiu: “Uma história-elaboração de um mal-estar, a partir do encontro entre Marcos, Rosilda e a literatura”. Rosilda foi presa em flagrante, no dia 08/04/2014, por tentativa de homicídio e resistência e foi morta em 26/05/2014, quando sua cela foi incendiada. Rondon intrigou-se com este fato: o que aconteceu nestes cinquenta dias?
Ao analisar os autos, o defensor descobriu que apesar de ter sido presa no dia 8 de abril, o interrogatório policial só se deu no dia 15. No dia 10 daquele mês, o juiz da 1ͣ  Vara Criminal decretou a prisão preventiva. No dia 25, o advogado entra com um pedido de liberdade provisória, alegando que sua paciente fora vitima de um surto psicótico, relatando que a abordagem policial teve origem na denúncia de vizinhos porque sua cliente, no surto, jogava objetos pessoais na rua. A abordagem foi despreparada e os policiais a agrediram ao invés de chamar o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). No dia 8 de maio, o representante da 7ͣ Promotoria opinou pela ocorrência, em tese, de delito de lesão corporal e não homicídio e requereu a revogação da preventiva. No mesmo dia, o juiz declina da sua competência e deixa a análise do pedido de revogação preventiva, por ele decretada, para o juízo competente. No dia 13 Rosilda é denunciada por lesão corporal com resistência para o novo juízo. Na denúncia, o MP fazia uma ressalva pedindo revogação da preventiva e a aplicação de medida cautelar diversa da prisão. O pedido foi acatado pelo juiz da 4ͣ Vara Criminal.

Na documentação do presídio, Rondon notou não haver relato da presença de qualquer profissional da saúde, diante da ocorrência do incêndio que acabou por matar Rosilda. Não há nenhum indício de que ela tenha sido encaminhada para a enfermaria da unidade, ela foi deixada na quadra à espera de socorro. Os relatos dão conta de que os transtornos mentais eram do conhecimento de todos. O defensor diz que mantém viva esta trágica história, “porque ela é a história de tantos outros”. Comparando Rosilda à Macabea, personagem de a Hora da estrela, de Clarice Lispector, ele diz: “Rosilda é minha Macabea. O que ela diz sobre mim? O que ela revela sobre nós? O que ela revela sobre o Sistema de Justiça?”. 

Da fragmentação do saber às práticas interdisciplinares: estratégias de atuação em tempos de crise e retrocesso de direitos sociais



Maria Cecília de Araújo, professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas e Edgar de Assis Carvalho, professor de Antropologia da PUC-SP, foram os debatedores desta mesa.

Maria Cecília trouxe para o debate a grande questão: Qual é o papel do ensino jurídico neste retrocesso? Ela relatou um experimento realizado com alunos, no qual se colocou em debate se o estado deveria fornecer um implante coclear a um garoto surdo e para sua surpresa boa parte da turma disse que não deveria. “Os alunos não têm a vivência da política pública na ponta, aceitam com naturalidade a tese de ineficiência para garantir um direito constitucionalmente garantido”, alegou. Ela conta que os saberes não-jurídicos que o aluno de Direito tem hoje contato na faculdade, quando tem, são de viés econômico, e dentro deste viés, de uma teoria econômica essencialmente liberal. “Eu tenho sentido que isso tem uma consequência muito perniciosa em vários aspectos e da própria construção que este aluno faz do que é acesso à justiça”, explicou. “O acesso à justiça deixou de ser uma ideia de efetivação de direitos para ser um problema: o sistema está sobrecarregado, o Judiciário é ativista demais e nós temos que pensar em soluções de eficiência tanto para a administração pública quanto para o Judiciário”, completou. Ela acredita que o ensino está muito calcado no discurso autoritário. “Eu costumo pedir a opinião dos meus alunos e eles se espantam e perguntam: ‘a gente pode achar alguma coisa?’ Nossos professores dizem que a gente não pode achar nada, o que importa é a doutrina e a jurisprudência’”.

Já Edgar trouxe um ponto polêmico para a discussão. Para ele, a interdisciplinaridade “não deu certo”. A partir do século XVII instaurou-se uma fragmentação dos saberes, cada um com a sua área, cada um com o seu saber, cada um com o seu poder e em meados da década de 1950 surgiu a questão da interdisciplinaridade. Pensou-se ser possível criar um diálogo inter disciplinas. “Hoje se fala muito em interdisciplinaridade, mas não se pratica a interdisciplinaridade. Por quê? Porque nenhum profissional quer abdicar da sua área do saber. E se não se abdica, não há possibilidade de diálogo”. Depois pensou-se em multididisciplinaridade, mas também não deu certo pelo mesmo motivo.

Então, passou-se a pensar em alguma forma de cognição para o plural que fosse além das disciplinas, que não abdicasse do poder disciplinar, mas que fosse além dele. Daí surge um novo termo: “transdisciplinaridade”, o qual, para o professor, é mais apropriado para os tempos sombrios atuais. “Tempos de crises por toda parte. Crise da política, crise do governo, crise do Estado, crise da sociedade, crise da universidade, que perdeu sua força criativa por ficar submetida à uma visão mercantilista dos órgão de financiamento que estão atrasados no tempo e no espaço”, pontuou.

O professor acredita que “não haverá reforma da educação, se não houver uma reforma dos educadores”. Ele explica que a origem grega da palavra “crise” tem um significado de “momento em que pode ocorrer um ponto de mutação.” Então, é preciso reeducar o indivíduo para que ele faça esta passagem. 

Desigualdade social, poder e Sistema de Justiça: assujeitamentos e resistências



Maria Cristina Vincentin, psicóloga e professora da PUC-SP, Flávio Américo Frasseto, defensor público da Defensoria Pública de São Paulo e Luciana Gross Cunha, professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas, realizaram as palestras da última mesa do evento.  

Maria Cristina falou sobre a ânsia pela criminalização do conflito social tão presente em nossos dias, bem como sobre as alianças e composições entre a manutenção da desigualdade social e o Sistema de Justiça. “Não podemos deixar de problematizar as relações entre crime e condições de exploração do Capitalismo e prisão e modos de gestão dos despossuídos do Capitalismo globalizado”, alegou. Outro ponto trazido por ela muito presente nas práticas do Sistema de Justiça é a criminalização do modo de vida das pessoas pobres, “quando a pobreza se mistura às noções de risco e negligência, acionando um imaginário estigmatizante das famílias”. “Os parâmetros de normalidade do Sistema de Justiça não apenas desconhecem outras formas de vida, mas as desqualificam produzindo o reducionismo das leituras que se fazem desta situação e muitas vezes desconsiderando qualquer possibilidade de diálogo e inclusão dos modos de vida destes setores sociais”, analisou a professora.

Luciana versou sobre a incapacidade do operador do Direito em escutar. “Preparando a minha fala me lembrei de quando eu era estagiária da Procuradoria de Assistência de Assistência Judiciária e como naquele momento nada fazia sentido para mim a forma pela qual se ouvia, se atendia os assistidos, como eram chamadas as pessoas”, expôs. “Eu ouvia na faculdade que a Procuradoria era a face humana da advocacia E no dia a dia, na atuação, não era aquilo que eu via”. Para ela há a necessidade de um “diálogo horizontal” entre as diversas áreas do saber e os operadores do Direito são incapazes de estabelecer conexões horizontais com outras áreas do saber produzindo um conhecimento que ‘é um conhecimento principalmente coletivo e que não se constrói com uma conexão exclusivamente racional, mas que se constrói pela conexão afetiva e empática”, disse.

“A desigualdade social estrutural é um desequilíbrio da distribuição da riqueza produzida coletivamente. Aqueles que detêm a riqueza, detêm o poder, a capacidade de impor sua vontade sobre os outros”, assim Frasseto iniciou sua palestra. “Em países como o Brasil em que a concentração de riqueza e renda é alarmante, produz-se uma grande massa de despossuídos que por mecanismos sutis se acomodam ou são acomodados em condições de submissão, assujeitamento e subordinação às regras estabelecidas para que a condição de privilégios de uma minoria sobre a maioria se perpetue.” Esse quadro se mantém por uma tensão permanente que produz sazonalmente fissuras ou frestas por onde se deixa passar algumas concessões aos dominados ou despossuídos. Assim o defensor resumiu a conjuntura brasileira, cujo sistema permite alguns avanços para logo em seguida instalar os retrocessos, como estamos vivendo atualmente.

Troca de experiências, apresentação de painéis e apresentação de trabalhos
Além das grandes conferências, o evento também contou com uma mesa intitulada de “Panorama de práticas interdisciplinares em Defensorias Públicas Estaduais de todas as regiões do país”, na qual, assistentes sociais, psicólogos, defensores públicos e pedagogos falaram sobre as experiências, os trabalhos realizados e os desafios das Defensorias de suas regiões. Participaram do debate profissionais de São Paulo, Tocantins, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso e Bahia.



O evento também possibilitou que profissionais falassem das suas experiências por exposições de painéis e por apresentações de trabalho. A vice-presidente da AASP Brasil, Cíntia Aparecida da Silva, apresentou seu trabalho junto com a assistente social da Defensoria Pública de São Paulo e nossa associada, Daniela Augusto e com o psicólogo da Defensoria Pública de São Paulo, João Bosco. Cíntia é assistente social do Ministério Público de São Paulo. Com o tema “Desafios da atuação interdisciplinar e interinstitucional: O trabalho do CAM (Centro de Atendimento Multidisciplinar da Defensoria Pública de São Paulo) e do NAT ( Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial do MP-SP) na defesa do acesso e permanência do adolescente em conflito com a lei à educação”, os três profissionais relataram a experiência e desafios do trabalho que desenvolvem conjuntamente na tentativa de garantir os direitos de adolescentes que comentem atos infracionais. Diversos trabalhos com temas variados foram apresentados durante os dois dias de evento.