terça-feira, 21 de junho de 2016

AASP Brasil defende jornada de 30 horas para assistentes sociais da Defensoria Pública de São Paulo


Atendendo a convite da Associação dos Servidores e Servidoras da Defensoria Pública de São Paulo, a AASP Brasil aderiu à luta pela implantação da jornada de 30 horas semanais para os assistentes sociais daquela instituição.

No último dia 17, a presidente da Associação, Elisabete Borgianni, acompanhou a reunião do Conselho da Defensoria Pública paulista e fez uma fala durante o momento aberto (ocasião em que os conselheiros disponibilizam a fala para servidores e representantes da sociedade).

Elisabete lembrou que em agosto, os assistentes sociais brasileiros comemoram os seis anos da Lei 12.317 (jornada de 30 horas semanais sem redução de salário para o Serviço Social). “Por que esta conquista foi tão importante para estes profissionais? Porque esta é uma categoria que conhece, talvez como nenhuma outra, as causas e os resultados dos intensos processos de exploração e precarização do trabalho em nosso país”, expôs. “Os assistentes sociais vêm estudando e denunciando as nefastas políticas neoliberais que seguem a nefasta fórmula: mais mercado e menos interesse público, mais consumo mercantil e menos direitos sociais”, completou.

Assista à fala completa de Elisabete:

 
A presidente da Associação dos Servidores e Servidoras da Defensoria Pública, Erica Meireles de Oliveira, também se manifestou. Ela falou sobre a história da mobilização dos assistentes sociais da Instituição pela implantação da jornada de 30 horas desde 2010 e sobre a decisão que o movimento tomou por judicializar a questão. “Mas sabemos que o caminho está além de uma decisão judicial. Outras instituições do Sistema de Justiça já reconhecem este direito. É lamentável que a Defensoria ainda se mantenha resistente”, alegou.

Assista à fala completa de Erica:
 

Fabio Rodrigues, representando o Conselho Regional de Serviço Social (Cress-SP) também disse estranhar o fato de o Tribunal de Justiça e o Ministério Público de São Paulo terem instituído a jornada de 30 horas tão logo a lei foi promulgada e a Defensoria Pública ainda ser contrária a este direito de seus servidores.

Os conselheiros presentes ponderaram sobre as falas, disseram ser favoráveis ao pleito, mas preocupam-se com a crescente demanda que o órgão vem recebendo. O defensor público geral, Davi Eduardo Depiné Filho, abriu o diálogo e determinou que a segunda sub defensora pública geral marque uma reunião com o grupo para discussão da questão.

A AASP Brasil avaliou esta ação como positiva e importante no caminho das conquistas de direitos na área sociojurídica. Em janeiro de 2015, a AASP Brasil já havia realizado uma reunião com a Associação dos Servidores e Servidoras da Defensoria para a troca de experiências e desafios em comum.

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