Ética, exercício profissional no sóciojurídico e
o Depoimento Especial de crianças e adolescentes foram temas do evento
organizado pelo CRESS-MT
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quarta-feira, 1 de novembro de 2017
MT: AASP Brasil participa de seminário sobre ética no sociojurídico
No dia 26 de outubro a AASP
Brasil participou do evento “Ética, exercício profissional no
sociojurídico e o depoimento especial de crianças e adolescentes”. Organizado pelo CRESS-MT, a
mesa de debates ocorreu no auditório do
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Maíla
Rezende Vilela Luiz, secretária geral, e Elisabete Borgianni, membro do
Conselho de Especialistas foram duas das palestrantes.
Elisabete falou sobre os principais elementos do projeto ético
político do Serviço Social brasileiro, especialmente a liberdade. “Para o Serviço Social a ideia de liberdade faz parte do que
é o ser humano. Por ser um ser que escolhe entre alternativas ele se difere dos
animais, ou seja, quanto mais liberdade a pessoa tiver, mais possibilidades de
escolhas ela terá. Uma mulher que vem das classes mais altas da sociedade tem
muito mais possibilidade de exercer a liberdade, porque ela tem mais
alternativas. Já a mulher de classes populares tem menos possibilidades”,
explicou.
Maíla
falou sobre a Lei 13.431/17, que institui o depoimento especial de crianças e
adolescentes vítimas de violência sexual. Ela apresentou um histórico sobre a
metodologia que se espalhou por todo o país e que é popularmente conhecida por
“depoimento sem dano”. “O que nós vemos é que essa metodologia é muito
inadequada ao projeto ético político do Serviço Social, porque coloca o
profissional como interprete do juiz. E no Judiciário nosso papel é de escuta,
nós escutamos a criança, os familiares, os colaterais para subsidiar o nosso
laudo social, que entrará nos autos do processo. Não temos que produzir prova”,
argumentou.
A
assistente social do TJ-SP também acredita que esta metodologia não é
protetiva. “Apesar do objetivo inicial dessa lei, quando foi
criada com o intuito de
proteger a criança e minimizar os danos a ela, o que
se vê na prática é que a criança acaba revivendo o trauma. Ela passa de vítima
a testemunha em um processo criminal. Sem falar que não existe um
acompanhamento após o depoimento, pois não acontece na Vara da Infância e da
Juventude”, expôs.
Nossa segunda tesoureira, Fátima
Zanoni Mastelini, foi convidada para compor a mesa de abertura
representando a AASP-Brasil, junto com a Silbene Santana de Oliveira, Coordenadora
do Núcleo Sociojurídico do CRESS-MT. Fátima falou sobre a história do Movimento
Sociojurídico, a criação da AASP Brasil e a importância de filiação dos
profissionais para que a nossa luta conjunta se fortaleça cada vez mais.
Com informações da Assessoria de Imprensa do
CRESS-MT
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